Estou interessada em um parentesco mais profundo e anterior com o mundo. Que me conte histórias em sonhos, em outras línguas, com as cores que meus olhos ainda desconhecem, escrita debaixo dos meus pés, guardada no resto oco do chão aterrado que esconde pedaços de mar.
Há algum tempo contemplo a disritmia das ondas e o caos dos ponteiros de instrumentos de orientação. As formigas andam retomando territórios, passeiam em filas longas pela minha gaveta de roupas íntimas. Nuvens escondem pássaros migrando na contramão, mariposas-bruxas amanhecem caídas no capacho da porta de entrada. Ninguém fala sobre o luto, mas todo mundo carrega pelo menos um.
Muitos se esforçam para descobrir a origem da vida enquanto debocham daqueles que refletem o que há após.
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