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  • Ana Andreiolo

nem tudo que se lê é verdade

insuperável é o charme que brota da honestidade. é o suprassumo da confiança existencial do ser. por outro lado é risível a insegurança que reside nas vibrações oscilantes das pequenas mentiras como delitos impronunciáveis.

no entanto, reconheço o inegável esforço da criatividade para a invencionice.

torna-se ainda mais burlesco, quando o agente criativo, tête-à-tête, acredita que escapou da verdade confiante na sua própria capacidade, enquanto a subestimada inteligência ouvinte responde com um sorriso de canto de boca. melhor reação para uma mentira não há.

se eu pudesse deixar um conselho ao filho que ainda não tive, eu diria: - só sentirá necessidade de mentir no dia que sentir vergonha de si mesmo e neste dia perderá seu brilho e seu encanto, por isso não minta nem um fiapo. a mentira é algo de inútil. não é com ela que se engana, já que é a verdade tão menos crível.

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