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  • Ana Andreiolo

Sexo nada frágil.

A vida por um lado é frágil e ilimitada, é fantástica, é toda ela um carnaval, o deleite do irreal, o devir aquoso e lúdico, o imaginário do impossível.

Por outro, o sol pisciano joga o seu holofote em virgem que escancara o ínfimo antifrágil: a resistência em ordenar os cacos no caos.

Que se presta a desinfetar aceitando também destruir a flora microbiana boa para organismo para eliminar a doença do excesso.

Quando nos damos contas do quanto somos mínimos, nos unimos para atravessar um córrego d’água ou para construir uma ponte sobre um rio.

Ajudar e ser ajuda. Apoiar e ser apoiado. Unir um ponto de força ao próximo e criar um sistema de forças vivas extraordinário, aberto e antifrágil.

Frágil é a vida ao mesmo tempo que é da sua natureza a própria força e resistência. Nada é tão frágil quanto parece.

A fragilidade te coloca sem borda, difuso, confuso de si, motivado pela irresistência (irresistível) do irracional e do sentimento exageradamente esparramado, viral e invasivo, que toma corpos e espaços que não são seus por direito, pois não os contém no recipiente de seu próprio corpo.

Ora, eis a revelação inusitada! O frágil pode ser violento.


nota celeste: a lua cheia em virgem da lunação pisciana.


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